Miranda abria e fechava as portinhas dos armários da
cozinha. Andava de um lado para o outro. Conferindo ingredientes.
-Acho que temos tudo, Roberto- disse finalmente.
Ela me convencera. Faríamos panetones neste Natal. Depois do
bolo de chocolate que ela praticamente me obrigara a preparar, agora era a vez
das delícias natalinas.
Porém, eu não me importava, eu queria mesmo era ficar perto
dela. Não que eu fosse confessar isso em voz alta.
-Então, vamos começar? – perguntei meio inseguro.
Miranda sorriu. Eu começava a desconfiar que ela adorava me
ver sofrer na cozinha.
Porém, apesar de
todos os ovos que derrubei no chão. Das uvas passas que eu comi ao invés de por
na massa, o bendito panetone ficou pronto. Lindamente pronto, modéstia a parte.
Miranda sorriu novamente. Ao ver nosso trabalho culinário concluído. Suspirei. Poderia fazer mil panetones só para vê-la com esse brilho nos olhos. Não cheguei a dizer isso a ela.
Eu não precisava de
presentes este ano. Essa tarde fora o melhor que eu poderia ganhar em qualquer Natal.
Bom, isso eu disse a ele. E então, nos beijamos.
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