terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tão e tanto

Quando Edgar chegou em casa encontrou Anna esparramada no sofá. Dormia a moça, profundamente. Edgar sorriu. Gostava de Anna, tanto. E gostava de vê-la dormir, de saber que seus olhos cinzas de tempestade estavam tranquilos. O cabelo de fogo lambia o sofá, todo ele e deixava algumas mechas no rosto claro de Anna. Meu Deus! Como o sorriso de Edgar não cabia nele. Como seu amor por Anna não cabia nele.
Era tão grande que Anna deve tê-lo sentido. A jovem acordou e seus olhos de furacão miraram Edgar. Sorriram, seus olhos sorriram. E neles não cabiam o amor que ela sentia por Edgar. Não cabia nela o amor que tinha por Edgar. E ele deve ter sentido isso. O jovem sorriu, seus olhos sorriram e ele correu para sua Anna. E os dois, os dois sentiram isso.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Vontade

Minha cabeça dói, meus braços tremem e eu tenho vontade de chorar. Ou de dormir. Dormir muito. Dormir até sentir falta de abrir os olhos. E então acordar e começar tudo de novo. Tudo melhor.
E ser feliz. E ser livre.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Não

Te vi passando lá da minha janela. Te vi passando com um buquê de flores e um violão. Sorri quando te vi passando. E aí tu passou. E não me viu. Passou e foi embora com tuas flores e tuas canções.
E não me viu.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Na cama

Entrei no quarto e você já estava lá, esparramado na minha cama. Deitado meio de lado, meio de barriga pra cima. Todo charme. Não resisti e me joguei contigo. Bem do teu lado. Ficamos assim, um bom tempo. Tu deitado. Eu deitada. Tu ouvindo minha respiração e eu...
Te ouvindo ronronar.

domingo, 21 de setembro de 2014

Sua Mariana

Ouvindo o minuano Rodrigo sentiu saudades de Mariana. Por onde será que andava a guria? Tava com frio? Ela havia esquecido o pala na estância. Rodrigo esperava que ela tivesse outros na cidade. Deveria ter. Era precavida a Mariana. Por isso Rodrigo achava que ela tinha deixado o pala ali de propósito. Pra deixar o cheiro dela com ele. Pra deixar a imagem dela com ele.
Como se Rodrigo precisasse disso pra lembrar de Mariana. Como se Rodrigo precisasse disso pra sentir Mariana. Como se Rodrigo precisasse disso para amar, muito, a sua Mariana.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Agradecimento

Aproveito o espaço curto de tempo para te agradecer. Espero que esse bilhete te chegue inteiro e com meu pedido de agradecimento. Agradeço por tu existir, minha pequena. É isso, obrigada por ser e estar, por viver. E por me deixar viver ao teu lado.
Obrigado.
E ah! Já que me sobra espaço neste bilhete digo mais uma coisinha. Que te amo.
Era isso.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Companhia

Valentina acordou com gosto de sono pesado na boca. Os lábios meio amargos. Abriu os olhos e procurou alguém. Ninguém? Os olhos voltaram a pesar, pediam para dormir de novo quando
-Miau?
-Gordo!
-Miau!
-Gooooooordo!
Pronto. Agora Valentina não estava mais sozinha e o gosto de sono amargo estava bem acompanhado e bem mais doce.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pedido

Ô, Pedro, tu ainda demoras? Porque eu não tô aguentando mais. Meu peito tá com a sensação de ser grande e miúdo demais de não caber em mim de precisar mais e de ser tão raso. Dói, Pedro. E a distância de ti não me ajuda. Tu ainda demora, Pedro? Muito? Pouco? Ainda?
Tô com saudade, Pedro. E ter saudade cansa, despedaça. Só não demora, Pedro. Tu ainda demora? Muito?
Só não demora, Pedro.
Por favor.
Não demora.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Feitio

Dos teus elogios que me adoçam a alma. Dos teus sorrisos que me iluminam o peito. De ti. Do teu amor. Sou tua. Sou toda tua e dessas coisas sempre terei lembrança porque fui feita assim. De histórias, de memórias. Feita para não esquecer.
Feita pra você.

domingo, 14 de setembro de 2014

Melhorou

Toda aquela chuva pingando no teto e Valentina jogada no sofá. Não tinha forças para mais nada a pobre. Só para sentir sono, preguiça e saudade. Então, junto com um lampejo de um relâmpago que cortou o céu, Valentina lembrou que a semana começaria bem. Viria com quem é sempre bom ver. Viria para trazer paz. Então ela sorriu, sem nem sentir os músculos do rosto se moverem. Sorriu de pura alegria e sinceridade. A chuva lá fora continuou, mas Valentina já era outra. Já estava bem melhor.

sábado, 13 de setembro de 2014

Você

Nenhum cansaço me dói quando vejo você. Não há joelho que reclame. Perna que machuque. Tudo fica bem quando vejo você.
Você, seu bigode, seu rabo e suas quatro patinhas de felino.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Vem

Para aliviar essa rotina eu preciso de você e de café. Você, café e cafuné. Vem e me acalma, vem e me tira dessa rotina que anda me cansando. Anda e não sai do lugar. Vem e me tira daqui. Vem e me leva com você. Vem! E depois a gente decide pra onde vai.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Chuva

Toda  a chuva lavou a saudade dela. Todos aqueles sorrisos e carinhos aliviarem-lhe o peito e trouxeram paz. Todo aquele sentimento cresceu e a saudade morreu.
De manhã a saudade volta, pra sumir de novo, pra fazer crescer aquele sentimento. Aquele amor que não morre, só nasce e floresce. Com chuva ou sem.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tempo

Me falta tempo, mas não me falta o que fazer, o que sentir. Tem muita saudade aqui. Tem muita vontade aqui. E pouco tempo. Tempo é mais que dinheiro. Tempo vale mais que dinheiro.
Então, te segura aí. Te acalma aí. Te ajeita aí, porque eu tenho uma história pra contar. Uma vida pra levar e não quero só de saudades escrever estas linhas, meu amor.
Que nelas tenha espaço para nossas aventuras. Que logo teremos tempo de vivê-las.

domingo, 7 de setembro de 2014

Retorno

Viajar é bom. Voltar para casa é uma delícia. Largar as malas e agarrar as pessoas. Sentar no teu sofá, dormir na tua cama. Sonhar e acordar do lado do teu sonho. Viajar é ótimo. Viajar com gente que te apoia e se importa contigo é uma maravilha.
Mas voltar pra casa, ah, voltar pra casa é tipo aquele cartão de crédito, não tem preço.