sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Seja você mesmo.

Disseram para ela não falar aquilo, ficar na sua. Mas por que ela não diria? Ela não iria fingir ser quem não é! Aliás, se não tivesse dito aquilo não teria tido coragem de roubar aquele beijo dele. E ele não o teria correspondido. Não teria dito que também a amava. Se não fosse por ela eles não teriam vivido todos aqueles momentos lindos.
Se ela não tivesse sussurrado aquele “eu te amo” que guardava há tanto tempo no peito, ele não a pediria em casamento. E ela não estaria naquela igreja agora dizendo “sim, eu aceito”.

Escrever

Então ela escrevia. Porque gostava do som que a caneta fazia em contato com papel. Do barulho produzido pelos dedos ao passarem pelo teclado. Ela escrevia simplesmente porque gostava de escrever. Era bom, parecia lavar a alma. Ela sentia-se feliz e o mundo ficava mais colorido e agradável.
Ah, como era terrível quando tinha vontade de escrever alguma coisa e essa "alguma coisa" não vinha, não mostrava a cara. Ainda bem que esses momentos sempre foram superados e ela conseguia colocar as ideias no papel, se expressar.
Ah, como é bom escrever...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Abraço, mar e vento

Eu estava no meio do mar. A água era escura, porém calma e quente. Você sorria para mim, parado ali na minha frente. Os dentes alvos fazendo um belo contraste com a pele morena. Nadei em sua direção e o abracei com força. Toda a força que eu tinha. Enterrei minha cabeça no seu ombro e ali permaneci por longos instantes. Ouvindo apenas sua respiração tranquilizadora, o mar e o vento. Você não disse uma só palavra. Mas não era necessário, seu abraço dizia tudo. Me assegurava que tudo ficaria bem. E eu sabia que em você eu podia confiar. Tudo estava em paz.

Ao som de: Ana e o Mar - O Teatro Mágico.

domingo, 25 de setembro de 2011

Palavras

É mais fácil escrever sobre o que se gosta. As letras desenham-se mais rápido. O papel enche-se com mais agilidade.
Mas o efeito contrário também pode ocorrer. Você adora tanto o tema escolhido que os verbos fogem, os adjetivos correm, as palavras tem medo de tamanha responsabilidade.
Julgam-se incapazes de expressar tamanho sentimento. Esse sentimento tão nobre chamado amor.

sábado, 17 de setembro de 2011

A leitura

Ele reconheceria a letra delicada dela em qualquer lugar. Pegou a carta com as mãos um pouco trêmulas e sorriu. O que ela teria escrito? Como teria escrito?
Ele correu seus olhos pelo papel. O sorriso aumentava à medida que carta desenrolava-se na sua frente. Ele amou tudo que estava ali. Cada letra, cada frase, absolutamente tudo. E ele sabia que tudo que estava ali poderia ser resumido em três palavras. E o que ele sentia por ela era exatamente o mesmo. Ele a amava.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Distância

Então ele pegou na minha mão e disse que tudo ia ficar bem.
Eu sabia que não era verdade, mas não iria discordar com ele, não agora. Forcei um sorriso e soltei sua mão. Deixando ele livre para ir onde ele quisesse. Mas sabendo que ele sempre estaria presente no meu coração. Não importando a distância que ele percorresse para longe de mim.

sábado, 10 de setembro de 2011

É muito bom estar viva

Sentar-se naquele banco de pedra e sentir o sol aquecer sua pele lhe fez muito bem. Ela fechou os olhos e jogou a cabeça para trás. Os longos cabelos dançaram e fizeram cócegas em suas costas. Respirou fundo, uma, duas vezes. O vento trouxe consigo o perfume das flores. Os passarinhos cantavam animados. Era bom estar ali. É muito bom estar viva.