sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Leve

Hoje me sinto leve, livre e solta. Feliz. Com dever cumprido e comprido. 
Agora é colher os frutos. 
Agora é ser eu mesma novamente.
Agora. 
Agora é ser. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Inteira

Este peso nos ombros vai sair. Vai voar. Tudo que vai restar será luz, será azul, será esperança e aí, tudo vai dar certo. Tudo vai voltar ao normal. Tudo vai voltar a ser tudo. Inteiro. E eu serei inteira de novo. Inteiramente eu. Inteiramente feliz.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Caramba

Aquela felicidade maluca a invadiu e explodiu em seu peito. Tudo parecia mais colorido, a vida parecia ter voltado a ocupar lugar no espírito dela. Tudo, extremamente, tudo parecia mais e melhor. Aquilo sim era alegria, felicidade e todas essas tretas maneiras que as pessoas costumam desejar umas as outras, especialmente em aniversários.
Aquilo era viver!
E, cara, ela tava amando aquilo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Espetáculo particular

Parecia que o Universo se mexia só para ela. Tão silencioso que era possível ouvi-lo girar. As estrelas dançavam só para ela naquela noite e um sorriso do tamanho do Universo nasceu feito lua no rosto dela. Então ela dormiu. Sonhou que seus dedos tocavam cada uma daquelas estrelas brilhantes. Sonhou com luz, com vida e com lua.
Acordou no céu.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Imaginação

Enquanto me deito sinto o cheiro de cravo. Mas dessa vez não tem flores. Por onde você anda? Cadê você, Vicente? Tu demora? Não demora, tá?
"Tá", Valentina pensou ouvir. Mas era só imaginação, como o cheiro de cravos que vinha da janela e passava pelo portão.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Estrelas, grata.

Só queria agradecer as estrelas por terem me desenhado você. Por terem me escrito até você. Obrigada.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Tudo azul

Vai ficar tudo azul. Vai ficar tudo bem. Vai, no futuro. Vai no futuro próximo e logo e pra sempre.
Vai.
Tudo bem.
Amém.

sábado, 15 de novembro de 2014

É possível

Soltou os cabelos e me apaixonei mais ainda, se que é possível algo assim. Os olhos dela pareceram maiores, mais bonitos. Se é que isso é possível. Toda ela parecia mais incrível, se é possível.
E eu a amei mais ainda, se é possível algo assim.
Sim, era possível.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Mistério

Valentina, deitada no sofá, sentiu um negócio engraçado no peito. Um aperto, uma cócega. De princípio não sacou o que era. Apertou a mão ali, massageou, coçou e nada de passar. "Que isso? Que droga", pensou. Não tinha jeito daquele sentimento passar. Pareciam dentinhos no peito, no coração, na alma. Que fazer? Que era aquilo? Que era aquela ardência morna sobre o coração?
Aí um estalo. Um cravo sobre a mesa.
Era saudade o aperto de Valentina. Pura saudade.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

sábado, 8 de novembro de 2014

Precisa-se

Precisa-se

Pratos para quebrar
Quebrar a raiva no meio e abrir o sorriso.
E mandar a agonia para os diabos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Vida espetacular

Se conheceram naquela noite no Circo. No espetáculo de número 8, de noite estrelada e vento bom. Sorriram. Descobriram nomes, profissões, idades e signos. Se gostaram. Se casaram.
Hoje os filhos gêmeos são trapezistas do mesmo Circo. E os dois estão no céu estrelado da noite de vento bom. Vendo os filhos brilharem. Sendo felizes para sempre.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Só pra saber

Teus elogios fizeram a noite de Valentina. Só queria que soubesse disso. Só, por favor, da próxima vez deixa um cravo, só pra ela ter certeza. Só pra ela saber que foi você. Só pra ela saber quem agradecer. Só.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sempre

Tu me ergueu no ar e eu vi tudo lá de cima. Lá de onde tu costuma me ver e gargalhei. E te amei. E te amo. Mais um pouco agora. E sempre.

Impossibilidade

Vi um canarinho na grama e lembrei do teu cabelo dourado. Senti saudade e alegria ao mesmo tempo. Foi uma delícia. E esse recadinho escrito nesse papel meio amassado é pra te dizer isso. Te amo. Lembrei de ti. E te amo. E te amo até quando eu não lembro de ti. Como se fosse possível eu não lembrar. Como se fosse possível te esquecer.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Entrega

Mariana abriu a janela do quarto e deixou o vento gelado molhar seu rosto de porcelana. A chuva gelada queimava suas bochechas quentes e ela sorriu. Lembrou de Rodrigo. Das noites na estância. Dele alcançando pra ela um pala bem quente, dos dele. Dela tremendo um pouquinho além do frio que sentia só pra que ele se aproximasse mais. Mariana lembrou de tudo com um sorriso lindo no rosto. Um sorriso que só fez crescer quando ela lembrou que veria Rodrigo amanhã. E que se ela levasse em conta o adiantado da hora, já era amanhã.

domingo, 2 de novembro de 2014

Para Vicente

Eu tive que me segurar pra não desabar ali, na hora. Fingi que não doeu, Vicente. Fingi que não abriu meu peito, de novo. Sempre e de novo. Qual é a tua, Vicente? O que eu te fiz? Eu mereço essa dor no peito? Eu mereço tu me partir no meio sempre que eu me aproximo? Qual é a tua, Vicente? Se é castigo, para, eu já aprendi a lição. Qual é a tua, Vicente? Pela amor de Deus! Qual é a tua?
Sabe a maior merda, Vicente? Eu te amo, seu idiota. Eu sou uma idiota. E não importa, vai doer. Sempre dói, Vicente.
Mas não importa.