segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quem sabe

A boca era tão vermelha e os olhos tão claros que me faziam ficar tonta. Ele apenas olhava para mim a distancia e causava em meu coração alta velocidade. Quer dizer... Ele realmente estava olhando para mim? Eu não tinha como ter certeza. Mas o que sentia ao achar que seus olhos estavam pousados sobre meu rosto era uma deliciosa sensação. Alegria. Satisfação. Vontade de dançar. Todas essas coisas juntas. E quando ele sorria? Ah, sim. Seu sorriso me causava arrepios de alegria. E deixava seu rosto ainda mais bonito. Isso era possível? Será que ele sabe que sonho com ele quase todas as noites? Será que ele sabe o quanto me faz bem? Espero um dia contar tudo isso a ele. Pessoalmente. Quem sabe... Um dia...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Adivinhação

Eu servia o chá fumegante na xícara branca com detalhes azuis enquanto os olhos claros de Edgar me observavam atentamente. Empurrei a xícara pela mesa até ela parar elegantemente em frente á ele.
Edgar passou a língua pelos lábios. Um arrepio me percorreu. A brisa vinda da janela fazia o sino dos ventos balançarem e compor uma melodia suave. A nossa trilha sonora. De Edgar e minha.
-Beba o chá – eu disse sorrindo
Edgar arqueou a sobrancelha esquerda.
-Assim você me ofende- respondi.
-Eu não disse nada!- defendeu-se ele arregalando seus adoráveis olhos.
-Mas pensou- devolvi enquanto deslizava a xícara para mais perto dele.
Edgar continuou observando a xícara. A fumaça do chá subia lentamente, o sino dos ventos continuava sua canção e eu o observava.
-Frutas vermelhas- respondi.
Edgar desviou sua atenção da xícara e me encarou.
-Eu não disse nada.
-Mas pensou – respondi sorrindo- E não coloquei açúcar você sabe.
-Quer parar com isso? – ele perguntou meio risonho meio irritado.
-Com o quê? Pode me dizer?- perguntei inocente.
-Ora, eu não preciso dizer. Adivinhe – desafiou ele.
-Não vou parar de tentar adivinhar o que você está pensando – sorri largamente- É divertido.
Edgar franziu o cenho.
-Divertido porque você sempre acerta.
-Sempre é?- ri da cara brava que ele esforçava-se para manter. Eu sabia que ele queria rir também.
-Adivinhe agora- desafiou ele novamente
Suspirei.
-Eu não sou o Edward Cullen! Nem a Jean Grey- devolvi.
Ele cruzou os braços e recostou-se na cadeira da cozinha.
-Estou esperando- respondeu ele.
-Você está pensando se eu vou conseguir adivinhar o que você está pensando- respondi rapidamente e depois sorri- E que você me ama. Loucamente.
O rosto de Edgar iluminou-se em um sorriso.
-Temos que avaliar essa última parte- respondeu.
-Ah, claro- respondi- É bem mais que loucamente, claro. Como não percebi?
Edgar gargalhou.
-Agora não posso responder, tenho que tomar o chá que minha namorada fez pra mim. Deixa pra próxima, sim?
-Como quiser- respondi enquanto o observava beber o chá cuidadosamente.
E o sino dos ventos continuou o seu musical. Enquanto nós continuamos ali, eu brincando que adivinha pensamentos e ele fingindo que acredtava.