Ele tinha olhos muito bonitos que não me viam. Uma boca
muito vermelha que não me dirigia a palavra e braços definidos que nunca me
seguraram.
Até o dia que derrubei a bandeja com todo meu almoço nos
tênis dele. Então, ele me viu com seus olhos lindos, ofereceu ajuda com sua
boca avermelhada e limpou a comida que caíra no chão, com seus braços
malhados.
Sussurrei um “obrigada”. E ele foi embora.
Com suas pernas compridas. Seus olhos claros, sua boca carnuda e seus belos braços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário