sábado, 5 de janeiro de 2013

Domingo


É sempre no domingo. Não sei se ele percebeu isso. Mas, ele sempre aparece no domingo. Com aquele sorriso e ombros largos. Com aquelas piadas prontas, que mesmo assim, me fazem rir. Com o jeito estranho que ele mexe no cabelo e arqueia a sobrancelha esquerda. Uma vez por semana eu sinto seu perfume e ouço ele dizer meu nome. Poderia ser por mais vezes, eu gostaria que fosse. Mas é sempre no domingo.
Ele vem e espanta meu tédio justamente porque ele se sente assim... Entendiado.
Não, não contei isso a ele. Deixa assim, quem sabe na próxima semana eu diga alguma coisa. Quem sabe eu conte os detalhes a ele.
Quem sabe.
No próximo domingo.

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