quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Agridoce


Abri meu estojo apressada, precisava de uma caneta com urgência. Pressão, stress. Caneta! Caneta! Onde estava a maldita da caneta? Então, eu vi algo que fez desmanchar todo esse nervosismo. Algo bem simples. Tão pequeno quanto seu significado. Um papel de bombom. Embalagem rosa escuro. Amassada e nos confins do meu estojo.
Sorri feito uma boba. Olhei para os lados. Cogitei mostrar para alguém. Explicar o que aquele papelzinho representava. Mas ninguém compreenderia. Então, guardei-o com cuidado, no meio das canetas e do lápis. Deixei-o repousando no seu devido lugar. Onde ele valia mais que muita joia. Onde ele era doce como uma lembrança e amargo como a saudade.
Fechei o estojo e o deixei por ali, meu pequeno papel agridoce.

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