segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um ensaio sobre a saudade

Se enroscaram, Edgar e Anna, como há muito não faziam. O cheiro de tulipas das fronhas e dos lençóis perfumava o quarto. Edgar puxou as cobertas e Anna para si. Anna deixou-se ir, junto com cobertas,  fronhas e o aroma de tulipas.
O vento balançava a cortina branca, o Sol entrava timidamente pela janela. Parecia que o astro rei não estava a fim de incomodar o casal que matava a falta um do outro.
A manhã foi crescendo, morrendo e querendo nascer como tarde. Já era hora da despedida. Fizeram questão de dizer "até breve". Anna fez Edgar prometer que não deixaria mais esse poço chamado saudade afundar-se tanto. Edgar riu e disse que ela não se livraria tão facilmente dele. 
Mais alguns beijos e a despedida de início da tarde, acabou-se só à noite. 

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