quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Nota sobre telefonemas, meias vermelhas e coelhos brancos

O telefone tocou, acordando Alice de um sonho que envolvia coelhos brancos e uma mesa enorme de chá.
-Alô?- atendeu ela, meio tonta, meio perdida, totalmente sonolenta.
-Achei sua meia- era Pedro, do outro lado da linha. Com a voz feliz de quem já estava acordado fazia eras.
-Ah- limitou-se a dizer Alice.
Pedro bufou do outro lado da linha, provocando um chiado que serviu como despertador para a jovem.
-Estou indo buscá-la- disse ela, olhando em volta. Talvez procurando onde deixara cair sua preguiça, que sumira de repente.
-Quem?
- A meia.
-Ah.
Alice bufou, produzindo um chiado que não serviu de despertador para Pedro, pois ele já estava acordado.
-Idiota, chego em 10 minutos.
-Não se atrase, Alice. Já é tarde- disse Pedro.
Por alguns segundos Alice viu um coelho branco, vestindo um  paletó, lhe mostrar um relógio dourado de bolso.
-Que estranho- disse ela, mais para si do que para Pedro.
Então, desligou o telefone, arrumou-se e foi para casa do seu namorado. Antes que resolvesse começar a conversar com o coelho. Ou pior, ele responder.

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