"Droga de tempo" ela me disse, olhando para o relógio de pulso. Era bonitinho ver suas sobrancelhas se franzirem, indignadas. O tanto quanto era permitido a sobrancelhas se indignarem.
Fiquei a observando. Eu a perderia? "droga de tempo". Eu a veria logo? "droga de tempo." Ela lembraria de mim? "droga de tempo." Ela me olhou de volta, há quanto tempo eu a encarava? "droga de tempo."
-Eu preciso ir.
-Eu sei.
"Droga de tempo."
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