Valentina
não poderia afirmar o que estava mais acinzentado naquele dia. O céu, seus olhos
ou o seu humor. Por vezes naquele dia, ela poderia jurar que a chuva não
pararia e que ela precisaria fugir dos raios e relâmpagos pelo resto de sua
vida.
Porém,
como Valentina é dramática e exagerada, ela não percebeu que era apenas uma
tempestade passageira, sem importância. Quando a garota desemburrou o rosto e desenrugou
a testa, ela pode ver o Sol surgindo novamente. Os passarinhos comemorando e a
chuva indo embora.
Os
olhos de Valentina voltaram ao azul habitual, seu humor ao estado natural e o
temporal, aquele sem importância e passageiro, mero acidente de percurso, fora
embora.
Deixando
apenas o Sol para aquecer Valentina e seus desejos.
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