segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tolo e passageiro


Valentina não poderia afirmar o que estava mais acinzentado naquele dia. O céu, seus olhos ou o seu humor. Por vezes naquele dia, ela poderia jurar que a chuva não pararia e que ela precisaria fugir dos raios e relâmpagos pelo resto de sua vida.
Porém, como Valentina é dramática e exagerada, ela não percebeu que era apenas uma tempestade passageira, sem importância. Quando a garota desemburrou o rosto e desenrugou a testa, ela pode ver o Sol surgindo novamente. Os passarinhos comemorando e a chuva indo embora.
Os olhos de Valentina voltaram ao azul habitual, seu humor ao estado natural e o temporal, aquele sem importância e passageiro, mero acidente de percurso, fora embora.
Deixando apenas o Sol para aquecer Valentina e seus desejos. 

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