domingo, 23 de setembro de 2012

Invísvel


Ela segurou a caneta azul, uma, duas, três vezes. Em todas elas, a soltou com um suspiro pesado. Parecia que sempre que tentava escrever algo, era censurada. Uma proibição invisível. "Você sabe o que dirão, não é? Sabe que terá que se explicar?", perguntava uma voz estranha vinda sabe-se lá de onde. Sim, ela sabia. Mas queria escrever. Precisava. E por mais humilhantes que fossem algumas linhas elas precisavam aparecer, serem vistas. Porém existia essa mão invísivel que lhe apertava o punho toda vez que ela tentava escrever certas coisas. E quando esta mão afrouxava... Lhe faltavam palavras. Maldição! Talvez algumas linhas não devam realmente ser escritas. Apenas pensadas. Apenas planejadas.
Ao menos por enquanto.

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