E aquele beijo tinha o gosto
salgado das lágrimas e da despedida. Foi demorado, se contado no relógio, mas
se perguntar ao casal não durou nem um minuto. Um momento que eles levariam
para sempre. Os corações apertados, o nó na garganta, as lágrimas que escorriam
sem controle pelos olhos, embaçando a visão, borrando a maquiagem.
Alana iria embora. Dois anos. “Passam
rápido” diziam os amigos. “Sentirei sua falta” declarou Pietro. “Temos a
internet” chorou Alana, antes de abraça-lo mais uma vez. Ela o apertou tanto
que seus ossos doeram e suas mãos arderam. E então ela saiu. Seguiu seu
caminho. Sem olhar pra trás, sem olhar quem ela havia deixado, parado e
sozinho. Ele ficará bem, ela suspirou sozinha.
Eu ficarei bem.
Nós ficaremos bem.
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