sexta-feira, 29 de junho de 2012

O cara do bar


Lembro que entrei no bar sem graça da esquina, encharcada pela chuva. Joguei meu casaco molhado e meu guarda-chuva em uma cadeira e me sentei ao lado de meus pertences. Suspirei. Estava entediada. Totalmente, completamente, inacreditavelmente entediada.
Então virei minha cabeça em direção ao enorme balcão, de madeira escura, em frente ao qual algumas pessoas estavam sentadas. Uma loira, um ruivo, um loiro, uma ruiva e... Um moreno! Alto, esguio... Diferente, definitivamente diferente. Fiquei o analisando, quando virou seu rosto e permaneceu de perfil. Ele tinha um olhar de quem observava cada detalhe de tudo, um olhar um pouco arrogante. Mas definitivamente seus olhos eram bonitos, grandes e verdes. E bonitos. Era incrível como, na distancia em que me encontrava, eu podia ver tão claramente a cor deles.
Quando percebeu que eu o olhava, minhas bochechas queimaram, porém ele não mostrou constrangimento e sorriu. E aquele sorriso combinava perfeitamente com seus olhos arrogantemente lindos. Era possível perceber que ele não revelava tudo nas suas expressões, só o suficiente para deixar quem o observava morrendo de curiosidade. E isso havia funcionado comigo. Eu estava curiosa para saber mais daquele cara misterioso... Então me ergui e caminhei em sua direção.
E o resto da história é só minha, caro leitor, mas você deve conseguir imaginar o que veio em seguida.

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