domingo, 2 de novembro de 2014

Para Vicente

Eu tive que me segurar pra não desabar ali, na hora. Fingi que não doeu, Vicente. Fingi que não abriu meu peito, de novo. Sempre e de novo. Qual é a tua, Vicente? O que eu te fiz? Eu mereço essa dor no peito? Eu mereço tu me partir no meio sempre que eu me aproximo? Qual é a tua, Vicente? Se é castigo, para, eu já aprendi a lição. Qual é a tua, Vicente? Pela amor de Deus! Qual é a tua?
Sabe a maior merda, Vicente? Eu te amo, seu idiota. Eu sou uma idiota. E não importa, vai doer. Sempre dói, Vicente.
Mas não importa.

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