quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Mistério

Valentina, deitada no sofá, sentiu um negócio engraçado no peito. Um aperto, uma cócega. De princípio não sacou o que era. Apertou a mão ali, massageou, coçou e nada de passar. "Que isso? Que droga", pensou. Não tinha jeito daquele sentimento passar. Pareciam dentinhos no peito, no coração, na alma. Que fazer? Que era aquilo? Que era aquela ardência morna sobre o coração?
Aí um estalo. Um cravo sobre a mesa.
Era saudade o aperto de Valentina. Pura saudade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário