quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Certezas

Anna deitou-se embaixo do velho salgueiro e fechou os olhos, sentindo a brisa. Riu por conta das cócegas que lhe fazia o vento e esticou os braços e pernas enterrando os dedos na grama até sentir a umidade da terra.
Quando Anna estava prestes a adormecer, estando com um pé no mundo dos sonhos e outro em terra firme, ela sentiu um formigamento peculiar na ponta do nariz. Abriu os olhos incomodada e depois sorriu. Edgar a observava com seus olhos de mistério. Ela nunca tinha certeza sobre o que ele estava pensando. Nas mãos de Edgar, uma pluma branca. A causa das cócegas e a consequência do despertar.
-Já tinha adormecido? - perguntou ele com seu sotaque arrebatador, que sempre fazia Anna sorrir.
-Talvez... Um pouco- Anna pensou melhor- quase.
Edgar riu.
-Já disse que você é indecisa?- disse ele deitando-se ao lado de Anna.
-Hum... Hoje não - riu ela.
O casal permaneceu em um silêncio amigável por alguns segundos.
-Mas sabe... Tem algo que tenho certeza- disse Anna encarando os olhos de mistério de Edgar- Tenho certeza que te amo.
Os olhos de Edgar mantivera-se misteriosos.
-Ainda bem-respondeu ele.
Anna fingiu uma mistura de espanto e indignação. Depois imitou o som de uma sirene:
-Resposta errada. Tente de novo.
Edgar fingiu pensar, apertou os olhos e depois sorriu:
-Que tal assim: Eu também te amo Anna, tanto que nem sei como todo esse sentimento pode caber dentro de mim. Eu te amo e preciso me controlar a cada segundo para não gritar isso a todo o momento e para todos que vejo na minha ferente. Eu amo te amar, minha querida.
Anna o analisou por dois segundos.
-É, serve- respondeu.
Edgar riu.
-Eu imaginei que serviria.

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