sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Companheiras

Por enquanto, Valentina ainda estava de pijamas. Tinha levantado um pouco mais tarde e tomado o café preto com calma. Enquanto saboreava a bebida quente e comia um pão novo e delicioso com margarina, ela lembrou-se. "Minhas flores!". Poxa, há quanto tempo que Valentina não regava suas queridas brinco-de-princesa? Ela levantou-se, tirou os farelos de pão que haviam caído na calça do pijama e foi atrás do regador. Valentina o encheu bem e carregou o dito cujo, pesado de água, em direção às suas flores, símbolo do Rio Grande do Sul.
-Oi, queridas! - cumprimentou ela.
Estava frio naquela manhã, o que para as brinco-de-princesa é algo bem-vindo. Valentina despejou a água em suas amigas e sorriu. Como era bom cuidar das suas companheiras cor-de-rosa.
-Fiquem bem, eu volto amanhã. Preciso lhes dizer umas novidades. Vocês nem vão acreditar... - acariciou umas pétalas e saiu risonha.
Para Valentina, não havia problemas em falar com as plantas, elas eram suas companheiras, né? Em sua mente, ela só acharia errado, se, em algum dia, as flores lhes respondessem.

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