terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tão e tanto

Quando Edgar chegou em casa encontrou Anna esparramada no sofá. Dormia a moça, profundamente. Edgar sorriu. Gostava de Anna, tanto. E gostava de vê-la dormir, de saber que seus olhos cinzas de tempestade estavam tranquilos. O cabelo de fogo lambia o sofá, todo ele e deixava algumas mechas no rosto claro de Anna. Meu Deus! Como o sorriso de Edgar não cabia nele. Como seu amor por Anna não cabia nele.
Era tão grande que Anna deve tê-lo sentido. A jovem acordou e seus olhos de furacão miraram Edgar. Sorriram, seus olhos sorriram. E neles não cabiam o amor que ela sentia por Edgar. Não cabia nela o amor que tinha por Edgar. E ele deve ter sentido isso. O jovem sorriu, seus olhos sorriram e ele correu para sua Anna. E os dois, os dois sentiram isso.

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