segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Até amanhã

Os olhos verde grama dele não desgrudavam daquele rosto delicado. Era a criaturinha mais linda que ele vira. Mais delicada. E a que mais necessitava dele, em todo o mundo.
Os olhos dela estavam fechados e ela tinha a respiração calma de quem dorme profundamente. Ele sorriu e continuou a canção de onde havia parado. Cantaria para ela sempre que pudesse, sempre que ela quisesse.
-Querido? - a esposa estava na porta do quarto.
-Shhh- disse ele. Cantou a última estrofe da música, ergueu-se e colocou a pequena no berço- dorme bem, filha, amanhã o pai canta outra pra você.
Deu um beijo na testa da garotinha, cobriu-a e saiu do quarto. Abraçado na esposa.

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