segunda-feira, 28 de março de 2016

Outono de Anna

Quando o outono começava é que Anna podia sentir que era ela mesma.  Os seus cabelos cor de folha de plátano que despenca da árvore, pareciam mais vermelhos ainda nessa época do ano. Seus olhos adquiriam um brilho novo, bem típico daqueles que tinham amor pela vida.
Anna ficava toda nova e ainda mais linda no outono. Era nessa estação que ela se fazia flor e florescia de dentro pra fora e de fora pra dentro, ela sempre se encontrara no outono.
Sorrindo, agarrada na caneca de porcelana, ela lembra da época de criança, em que rolava os cachos de fogo em cima dos plátanos caídos e os cabelos se misturavam com as folhas e faziam de Natureza e de Anna uma coisa só.
Eram impossível para ela não amar o outono, porque o outono era ela. E Anna aprendera, com o passar do tempo, a se amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário