Acenou pra ela. A moça acenou de volta, riu e correu ao
encontro dele.
-Que fome! Ainda bem que teu pai me disse que não falta
muito pra carne ficar pronta – veio logo dizendo.
Rodrigo estendeu-lhe a mão e ela se jogou na grama, ao seu
lado. Os dois ficaram ali, ouvindo os passarinhos, vendo a grama a favor do
vento, sentindo o cheiro da carne quase pronta.
-Vou sentir tua falta- disse Rodrigo depois de um bom tempo.
Mariana sorriu.
-Mesmo se eu continuar aqui?
Rodrigo abriu e fechou a boca umas três vezes. Que foi que a
guria tinha dito?
-Eu não vou embora, Rodrigo. Quer dizer, teu pai e tua mãe
me convidaram pra ficar mais. Eu aceitei. Só se tu te incomoda e ...
Rodrigo puxou Mariana pra si e lhe deu o abraço mais
apertado de que se recordava ter dado a alguém. Segurou Marina pela cintura até lhe faltar forças nos braços.
Só a soltou quando teve a sensação que poderia quebrá-la.
-Será muito bem-vinda – disse ele por fim.
Mariana abriu seu sorriso de pérola.
-Obrigada, é bom saber. Agora vamos, teu pai tá nos chamando
lá da varanda.- Rodrigo continuou onde estava, olhando pra ela- Ligeiro, antes
que a gente tenha que disputar os ossos com o Pelego.
Mariana afagou as orelhas do cachorro que estava em volta
dos seus pés há um tempo. Levantou-se e saiu.
Leve com seu vestido de renda branca.
Leve como o vento.
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