domingo, 22 de setembro de 2013

Nada

Vicente pegou o violão e passou os dedos pelas curvas do instrumento, lembrando-se das curvas de Valentina. Da cintura, das pernas, dos cabelos, dos lábios.
Passou os dedos pelas cordas, distraidamente. Sem saber o que fazia, se devia, se podia.
O tempo deu a sensação de voar e parar, enquanto Vicente lembrava, sentia saudades, sofria, tocava, doía
Depois silêncio. Depois nada. Depois um cravo em cima da mesa. Depois por onde anda Valentina? Depois nada.
Nada.

2 comentários: